Voz aos poetas. Poesia ganha destaque nas produções da Tocalivros

Voz aos poetas. Poesia ganha destaque nas produções da Tocalivros

Ser poeta.

Se me perguntarem o que é ser poeta, eu, poeta, não saberei responder, pois da poesia eu só sei escrever. Se me perguntarem do mundo, daí posso falar, trazer em palavras meu olhar. Profundo olhar no mundo, muito estudo, a labuta do conhecer. Ser poeta é uma folha em branco, sem rimas, sem avacalhar a palavra dita. O exercício entre a métrica e a percepção.

Pois, o que é a poesia, senão um olhar íntimo e reflexivo na busca do elo entre o mundo e nós. Entre o mundo e nós, poetas. Estrofes que levam a sua essência e seu olhar sobre um lugar muito especial.

Fernando Pessoa disse em bom som que “o poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sentir.” Drummond nos lembrou que “ser poeta é ver poesia onde não há, é saber que o amor é muito mais que só amar, é esconder a dor sem se importar”, Adília Lopes alertou: “escrever poesia é perigoso, pois custou a cabeça de muitas pessoas”. Rubem Alves afirmou: “ser poeta é não ser, e que um pássaro pousado no dedo é a liberdade do amor”, e Cecília Meireles sentenciou, em síntese, tudo o que foi dito: “Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.”

Hoje é Dia do Poeta. Mas qual é o dia do poeta, se para o poeta nem são dias? É só o tempo que segue fazendo poesia.

Para essa data especial, declamamos os poetas, que ganham destaque nas produções da Tocalivros. Quem nos acompanha já assistiu à presença de constantes lançamentos voltados à poesia. Sejam escritores estrangeiros, poetas de renome nacional ou mesmos autores independentes. A poesia se sobressaia junto aos grandes clássicos da literatura nacional e estrangeira.

A ideia é, literalmente, dar voz aos poetas, que tanto enriquecem a literatura e movimentam novos caminhos da escrita. Livros como “Devastação“, da autora Bruna Pereira, a obra “Flor de Gume”, de Monique Malcher, “Sede de me Beber Inteira”, de Liana Ferraz e “Meu Corpo Virou Poesia”, de Bruna Vieira, “Anão ser”, de Giovanni Venturini e narrado por ele mesmo, “Nega Nua Crua”, de Mel Duarte, também narrada pela autora, são alguns audiolivros disponíveis na plataforma. Alguns deles com produção, narração específica e ambientação sonora da Tocalivros – criando o clima ao poeta e trazendo uma linguagem única na valorização de seus trabalhos.

Aqui na Tocalivros, você encontra uma vasta coleção com mais de  60 mil títulos, entre e-books e audiolivros, além de produções exclusivas feitas em nossos próprios estúdios.

Confira mais algumas dicas que deixamos para vocês:

Poesia

Os sete últimos livros de poesia de Jorge Luis Borges, escritos de 1969 até 1985, estão reunidos neste volume, onde uma sutil música de câmara confidencia os sentimentos mais íntimos na forma contida, límpida e exata das surpresas tranquilas.O elogio da sombra que se parece à cegueira, o fascínio de ouro dos tigres, a luz inacessível da rosa profunda, a moeda de ferro feito um espelho mágico do eu e do mundo, o caos que é a cifra de uma secreta ordem, tudo são poemas conjurados como verdadeiros dons da escuridão, dos sonhos, das alvoradas. O poeta que sempre amou a filosofia e os labirintos da reflexão repassa o vivido e se prepara, com lucidez e calma, para a morte.

Poesia Completa

Esta edição comemora os cem anos do escritor e poeta João Cabral de Melo Neto, um dos maiores poetas de língua portuguesa do século XX, conhecido pelo estilo conciso, rigor formal e apurada crítica social — numa comparação feita por ele mesmo, o poeta seria como um escultor, que incessantemente corta a pedra até que a escultura surja de dentro dela. Sua produção foi reunida nesta Poesia completa, que traz seus primeiros poemas e depois seu primeiro livro, Pedra do sono, lançado no início dos anos 1940, passando por textos que já se tornaram clássicos da nossa literatura como O cão sem plumas, Morte e vida Severina, A educação pela pedra, Museu de tudo, Auto do frade, até Sevilha andando, seu derradeiro livro.

Toda Poesia

Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes construções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada “geração mimeógrafo”.
Ao conciliar a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou ao longo de sua vida um jogo de gato e rato com leitores e críticos. Se por um lado tinha pleno conhecimento do que se produzira de melhor na poesia – do Ocidente e do Oriente -, por outro parecia com prazer-se em mostrar um “à vontade” que não raro beirava o improviso, dando um nó na cabeça dos mais conservadores. Pura artimanha de um poeta consciente e dotado das melhores ferramentas para escrever versos.

Poesia Reunida

Seleção de poesias de Martha Medeiros feita a partir dos livros Strip-Tease (1985), Meia-Noite e um Quarto (1987), Persona Non Grata (1991) e De Cara Lavada (1995). Festejada pela crítica e admirada pelo público, Martha é considerada um dos expoentes da geração de poetas revelados no final dos anos 80.

Poesia Autónima

O primeiro volume de Poesia Autónima, temos acesso a uma porção de suprema importância dos versos que os estudiosos passaram a considerar como concebidos pela persona poética de Pessoa. Os poemas presentes neste tomo inicial datam desde o início de sua carreira como escritor até o ano de 1930.

Carlos Galego

Carlos Galego é assessor de comunicação da Tocalivros, com larga experiência no mercado cultural e de entretenimento. É autor de dois livros e escolhido entre os 20 principais poetas nacionais em 2021 pelo Poetize. Editor de trabalhos como Ruídos Urbanos (de Ricardo Martins), Poesia de Mim (de Vanessa Lima), Vou Ali e já volto! (de Gerson Danelon) e Frases da vida (de Alma Impressa). Se dedica também a artes visuais, e ministra aulas e cursos de comunicação para setor privado, e oficinas de comunicação cultural em Secretarias de Cultura municipais 

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