Antes de qualquer ponto de vista, uma certeza: as bibliotecas são inesgotáveis fontes de conhecimento, locais imprescindíveis para pesquisas, estudos e entretenimento. Há cincos anos, a Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro vem apurando os números de segmento, que desde então segue em evolução, e é notável o crescimento acelerado das bibliotecas virtuais, que registraram um aumento de 59% neste período. Em faturamento real, um crescimento de 158% e em relação a 2022, e uma alta nominal de 39%, com um crescimento real de 33%. Fica claro que mais espaços de acesso a documentos, livros, arquivos, teses e informações, são cada vez mais necessários.
Ainda assim, nos dias de hoje, nos deparamos com um questionamento que se pressupõe superado: o formato digital prejudica o formato físico? A resposta é um sonoro não, ecoando dentro das bibliotecas que agradecem a chegada de novas possibilidades de acesso.
Nos últimos anos, os acervos online têm desempenhado um papel significativo ao complementar as coleções tradicionais, oferecendo uma gama de benefícios que ampliam o acesso à informação e enriquecem a experiência dos usuários. Com a crescente digitalização de conteúdos, esses recursos oferecem um complemento valioso às coleções tradicionais, ao mesmo tempo em que superam limitações espaciais e de acessibilidade.
Uma das principais vantagens dos meios online é a disponibilidade contínua de recursos. Diferente das instituições tradicionais, onde os usuários estão restritos ao horário de funcionamento, as plataformas digitais permitem acesso 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso significa que estudantes, pesquisadores e leitores em geral podem consultar materiais a qualquer momento, independentemente de sua localização geográfica.
Além da conveniência, os repositórios online facilitam o acesso a uma vasta gama de recursos que podem não estar disponíveis localmente. Obras raras, documentos históricos e publicações especializadas, que poderiam ser inacessíveis ou difíceis de encontrar em uma biblioteca convencional, estão muitas vezes disponíveis em formato digital. Isso democratiza o acesso à informação, especialmente para aqueles que vivem em áreas remotas ou subatendidas.
A integração de ferramentas de busca avançadas é outro aspecto que torna os acervos digitais complementares às coleções físicas. Essas ferramentas permitem que os usuários realizem pesquisas rápidas e precisas, economizando tempo e esforço. Palavras-chave, filtros de data e autor, bem como outros critérios de busca, facilitam a localização de informações específicas em grandes bancos de dados, uma tarefa que pode ser muito mais demorada em uma coleção física.
As plataformas digitais também contribuem para a preservação do conhecimento. A digitalização de documentos e livros antigos ajuda a proteger esses materiais do desgaste físico, garantindo que futuras gerações possam acessá-los. Além disso, cópias digitais podem ser armazenadas em múltiplos locais, oferecendo uma camada adicional de segurança contra desastres naturais, roubos ou outros eventos que possam danificar ou destruir coleções físicas. Exemplos práticos da complementaridade entre formatos digitais e físicos podem ser observados em diversas instituições de ensino superior e centros de pesquisa. Universidades ao redor do mundo têm investido em tecnologias online para oferecer aos seus alunos acesso a uma ampla gama de recursos, incluindo artigos acadêmicos, dissertações e livros didáticos. Esses recursos digitais complementam as coleções tradicionais existentes, proporcionando um ambiente de aprendizado mais rico e diversificado.
A colaboração entre formatos convencionais e digitais também é evidente na criação de bibliotecas híbridas. Essas instituições combinam os melhores aspectos de ambos os mundos, oferecendo espaços físicos onde os usuários podem consultar livros impressos e, ao mesmo tempo, acessar recursos digitais através de computadores e dispositivos móveis. Esse modelo híbrido atende às diversas preferências e necessidades dos usuários, criando uma experiência de biblioteca mais inclusiva e abrangente.
“A Biblioteca Digital é a soma de um acervo renovado e atualizado continuamente com a acessibilidade da tecnologia, pelo celular, tablet ou computadores. Aprendi com os debates que podemos usar tanto o livro físico, folhear página por página como também os eBooks e audiolivros, pois um formato complementa o outro” diz Ana Paula Lima, bibliotecária da BPM, participante da Segunda Edição da Semana da Biblioteca Digital Tocalivros.
Do ponto de vista técnico, as plataformas digitais utilizam infraestruturas robustas para armazenar e distribuir conteúdo. Servidores de alta capacidade, sistemas de backup redundantes e protocolos de segurança cibernética garantem que os materiais sejam acessíveis de forma confiável e segura. Isso contrasta com os desafios logísticos enfrentados pelas coleções físicas em relação ao armazenamento e manutenção de extensos acervos.
Em resumo, a complementaridade entre as bibliotecas física e digital traz uma variedade de soluções técnicas que ampliam o acesso, preservam o conhecimento e melhoram a experiência do usuário. A interoperabilidade, o armazenamento em nuvem, os sistemas de gestão avançados, a segurança da informação, os formatos de arquivo e o reconhecimento ótico de caracteres são apenas algumas das tecnologias que tornam essa integração possível e eficaz – combinação que permite que as bibliotecas ofereçam um serviço mais abrangente e acessível, atendendo às diversas necessidades dos seus usuários e garantindo a preservação do conhecimento para as futuras gerações.
Está aí a resposta: juntas para oferecer acessibilidade, conveniência e acesso a uma ampla gama de informações, independentemente de sua localização ou horário. Um ecossistema informacional mais robusto e resiliente, beneficiando estudantes, pesquisadores e leitores em geral.
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Um verdadeiro ecossistema informacional!
Carlos Galego é assessor de comunicação da Tocalivros, com larga experiência no mercado cultural e de entretenimento.
É autor de dois livros e escolhido entre os 20 principais poetas nacionais em 2021 pelo Poetize.
Editor de trabalhos como Ruídos Urbanos (de Ricardo Martins), Poesia de Mim (de Vanessa Lima), Vou Ali e já volto! (de Gerson Danelon) e Frases da vida (de Alma Impressa).
Se dedica também a artes visuais, e ministra aulas e cursos de comunicação para setor privado, e oficinas de comunicação cultural em Secretarias de Cultura municipais