Priscila Scholz é prata da casa. Atriz há 27 anos, apaixonada por texto e dramaturgia, já emprestou sua voz para narrar diversos livros, como “A Revolução dos Bichos” (George Orwell), “Um Estudo em Vermelho” (Arthur Conan Doyle ) e “Outros Escritos” (Clarice Lispector). Ela mesma já perdeu a conta!
Com a habilidade de dramatizar as narrativas, Priscila vai além da simples narração. Traz vida aos personagens e nos faz imaginar cada cena da história.
Confira um pouco mais aqui no Papo Tocalivros!
Conte um pouco sobre você?
Meu nome é Priscila Scholz, sou atriz e trabalho com teatro há 27 anos. E sempre fui apaixonada por texto. A palavra, a dramaturgia e a literatura sempre foram fundamentais para mim no trabalho. Então, sempre fui uma grande consumidora de livros. Há alguns anos, um amigo me indicou para um teste na Tocalivros; acho que foi a primeira seleção para narradores que eles fizeram. Nunca tinha trabalhado com voz em estúdio, mas desde o começo essa foi uma experiência maravilhosa. Adoro estar no estúdio com um novo livro, cheio de possibilidades à minha frente, é sempre como uma grande estreia.
Como é a experiência de gravar audiolivros?
É desafiante e muito prazeroso. Uma sessão de narração dura duas horas, e quando acaba, nem percebo o tempo que passou. Parece que acaba tão rápido! Para mim, é realmente atuação; narrar é dar vida a cada uma das personagens que estão nos livros, usando só a voz.
Quantos já gravou e quais os que mais te marcaram?
Ai! Já perdi a conta (risos). Realmente não sei quantos livros narrei, foram muitos nesses dez anos. Muitos me marcaram e muitos são inesquecíveis. Tive uma experiência profunda com os livros da Clarice Lispector, lembro de pararmos a narração porque tanto eu quanto o Clayton (que estava dirigindo) nos emocionamos ao ponto de chorar. Me diverti horrores com o “Mágico de Oz” e ”A Revolução dos Bichos”, por exemplo, onde também interrompemos a narração por conta das gargalhadas. Todo livro traz alguma coisa, e apesar de serem muitos, todos marcaram de algum jeito…
Pode falar um pouco de como se prepara para gravar audiolivros?
O preparo começa com conhecer o livro. Recebemos o livro com antecedência para podermos estudar, e junto com ele, um estudo da pré-produção que nos guia. E, claro, durante a narração, temos sempre os ouvidos atentos da captação/direção que nos acompanha a cada passo.
Um audiolivro que te marcou?
“Perto do Coração Selvagem” – Clarice Lispector
O que acha da Tocalivros?
Primeiro, é um lugar delicioso para se trabalhar! E depois, acho que são verdadeiros guerreiros, cada um dos funcionários ali. Porque, vamos combinar, trabalhar com livro no Brasil não é fácil!

Carlos Galego é assessor de comunicação da Tocalivros, com larga experiência no mercado cultural e de entretenimento.
É autor de dois livros e escolhido entre os 20 principais poetas nacionais em 2021 pelo Poetize.
Editor de trabalhos como Ruídos Urbanos (de Ricardo Martins), Poesia de Mim (de Vanessa Lima), Vou Ali e já volto! (de Gerson Danelon) e Frases da vida (de Alma Impressa).
Se dedica também a artes visuais, e ministra aulas e cursos de comunicação para setor privado, e oficinas de comunicação cultural em Secretarias de Cultura municipais