19 obras que moldaram o mundo

19 obras que moldaram o mundo

George Orwell, com sua crítica ao totalitarismo em “1984” transpões a ficção e perpetua até hoje. Mary Shelley desafiou as fronteiras da ética científica em “Frankenstein” – tornando-se um clássico de todos os tempos. Alguns livros – e escritores – têm esse poder.

Ao longo da história, algumas obras literárias transcenderam o papel de simples narrativas para se tornarem marcos de transformação social e cultural. Escritas em diferentes contextos históricos, essas obras influenciaram a maneira como pensamos e nos relacionamos com o mundo,  tornando-se catalisadoras de transformações que ecoam por gerações. Alguns textos se destacam pela capacidade de desafiar paradigmas, questionar normas estabelecidas e inspirar movimentos sociais.  

A Tocalivros preparou uma lista com alguns títulos que tiveram impacto na sociedade e te convida a explorar as palavras e pensamentos que ajudaram a mudar o mundo.

Odisseia, de Homero

O poema épico, escrito no século 8 a.C. conta as aventuras de Ulisses, rei de Ítaca, em seu retorno para a casa após o fim da guerra de Troia. Com 24 cantos e mais de 12 mil versos, marca o início da ficção no ocidente.

Ilíada, de Homero

Quem chega junto é Ilíada, também de Homero, que narra os acontecimentos decorridos da Guerra de Troia e a saga de e conquistas de Ílio ou Troia e a ficção no ocidente.

A cabana do Pai Tomás, de Harriet Beecher Stowe

O clássico americano “A cabana do pai Tomás”, de Harriet Beecher Stowe (Uncle Tom’s Cabin, no original) não pode ficar de fora, Lançado em folhetim entre 1851 e 1852, é conhecido como a primeira novela com repercussão de massa nos eua, com mais de 4 milhões de exemplares vendidos. O tema: escravidão.

Frankenstein, de Mary Shelley

Na lista entra esse terror gótico psicológico, que provoca no tema da ética da ciência para criar um dos personagens mais icônicos da história mundial.

Dom Quixote, de Miguel de Cervantes

Um homem já de idade avançada resolve se aventurar pelo mundo montado em um pangaré e em companhia de um simples camponês. Dom Quixote e Sancho Pança exaltam a essência do Cavaleiro da Triste Figura.

1984, de George Orwell

O mundo distópico de George Orwell. Um texto impactante escrito no período de uma Europa destruída pela Segunda Guerra Mundial, descreve uma sociedade cinzenta dominada por um grupo de privilegiados que não permitiam a liberdade de expressão, e cujo representante maior nunca visto pessoalmente era o “Big Brother”.

O mundo se despedaça, de Chinua Achebe

A importância deste livro é tanta, que fez surgir a moderna literatura nigeriana, hoje uma das mais aclamadas do mundo. Narra a história de Okonkwo, guerreiro de um clã que se desintegra depois da chegada do homem branco e de suas instituições. Escrita por um dos mais importantes autores africanos da atualidade, Achebe, que recebeu o Man Booker International em 2007.

Hamlet, de William Shakespeare

Alguns dizem que, para entendermos o mundo, basta ler Shakespeare. Talvez certo exagero – ou não. O fato é que Hamlet é necessário. Como cenário a Dinamarca, mais precisamente o castelo de Elsinor, e o destino do príncipe Hamlet, obrigado a empreender um drástico ato de revanche contra seu tio, para vingar a morte do pai. Ára ser lido e relido.

Rei Lear, de William Shakespeare

Quando um rei idoso, em busca de um sucessor, escolhe as filhas indignas de sua confiança, em vez daquela que o ama. despojado de seu poder e condenado a uma vida miserável de horror e insanidade, reúne traços grotescos, fantásticos e violentos, nos contrastes do humano, O elo de Rei Lear com a contemporaneidade fica evidente no caráter niilista ou nas insinuações pré-psicanalíticas da obra. Poesia feroz e de amplo escopo imaginativo.

A Metamorfose, de Franz Kafka

Publicada em 1915, ainda hoje é uma das mais importantes da literatura universal. Franz Kafka narra a história do caixeiro viajante Gregor Samsa, que se mata de trabalhar para pagar as dívidas dos pais. Um dia, após uma noite de pesadelo, Gregor acorda metamorfoseado em um inseto. Crítica mordaz à sociedade moderna, a vida sem sentido, o trabalho apenas para sobreviver, a solidão e a desesperança.

As mil e uma noites – completo

Eternas, as histórias das Mil e uma noites se espalharam por todo o mundo, sendo contadas para crianças e adultos através dos séculos. A trama do sultão Shahriar, que, após descobrir a traição da mulher, decide casar-se cada noite com uma jovem diferente, matando-a ao amanhecer. Tal condenação só é desfeita quando Sherazade, a impetuosa filha do grão-vizir, se oferece como noiva do sultão e faz com que as noites se multipliquem ao inebriar o marido com suas histórias envolventes.
Com apresentação de Malba Tahan, esta edição de luxo das Mil e uma noites traz aventuras de mercadores, anedotas, histórias de príncipes e gênios, além dos clássicos Ali Babá, Aladim e Simbá, o marinheiro.

Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

As sardônicas lembranças do defunto autor lançadas em 1800 na forma de folhetim são o início da escola realista no país, um estilo que inaugura o estilo pelo qual Machado é tão conhecido e cultuado: ironia, não linearidade, ousadia e crítica social permeiam toda a vida do protagonista Brás Cubas.

Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez

A incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família e a ascensão e a queda do vilarejo. Por muitos considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.  

Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne

Passados quase 150 anos, a aventura continua capaz de prender o leitor a cada capítulo, daquele jeito que não conseguimos parar de ler. Considerada uma das maiores obras da literatura mundial, tendo inspirado várias adaptações para cinema e teatro. Viagem que começa em Londres, passa por Paris e segue para Índia, China, Japão, Estados Unidos…

A República, de Platão

A República é um dos livros fulcrais, no qual Platão nos leva a refletir acerca dos princípios éticos, políticos, estéticos e jurídicos que norteiam uma sociedade. Subdividida em dez livros, a obra é uma aspiração a um Estado ideal que se sustenta no conceito de justiça. Mas o que é a justiça? Como ela se constrói em meio a tanta corrupção? Essas e outras questões tão atuais são propostas pelo filósofo na Antiguidade e até hoje mobilizam o pensamento humano.

Guerra e Paz, de  Lev Tolstoi

Escrito entre 1865 e 1869, ‘Guerra e Paz’ é provavelmente a obra-prima de Tolstoi e uma das maiores criações literárias de sempre. Tendo como pano de fundo um cenário de guerra, com a invasão da Rússia por parte das tropas napoleónicas, esta novela épica surge como uma reflexão sobre a vida humana e a sua frágil existência. Nesta obra grandiosa, as personagens amam, odeiam e lutam, mas acima de tudo anseiam por encontrar o sentido da vida.

Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski

Raskólnikov é um jovem estudante, pobre e desesperado, que perambula pelas ruas de São Petersburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria: grandes homens, como César ou Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História. Narrativa labiríntica que arrasta o leitor por becos, tabernas e pequenos cômodos, povoados de personagens que lutam para preservar sua dignidade contra as várias formas da tirania.

Moby Dick, de Herman Melville

Publicada em 1851, Moby Dick narra a busca por vingança do Capitão Ahab pela baleia branca Moby Dick, que amputou sua perna durante uma perseguição. Esse enredo, porém, é um pano de fundo narrado por Ishmael, que embarca no navio Pequod e descreve o cotidiano dos baleeiros, já que aborda temas mais complexos usando metáforas como questões raciais, sustentabilidade da pesca das baleias e relações entre capitães e subordinados.

Drácula, de Bram Stoker

Um dos maiores clássicos do terror gótico e da literatura universal, Drácula, concretizou no imaginário coletivo o vampiro moderno. Utilizando-se do artifício de cartas, diários e telegramas, Stoker dá voz a seus célebres personagens, responsáveis por transmitir a gerações de leitores a história do terrível conde.

Carlos Galego

Carlos Galego é assessor de comunicação da Tocalivros, com larga experiência no mercado cultural e de entretenimento. É autor de dois livros e escolhido entre os 20 principais poetas nacionais em 2021 pelo Poetize. Editor de trabalhos como Ruídos Urbanos (de Ricardo Martins), Poesia de Mim (de Vanessa Lima), Vou Ali e já volto! (de Gerson Danelon) e Frases da vida (de Alma Impressa). Se dedica também a artes visuais, e ministra aulas e cursos de comunicação para setor privado, e oficinas de comunicação cultural em Secretarias de Cultura municipais 

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